
A nossa vida se resume a passado, presente e futuro!
Do passado, temos incontáveis momentos de alegria, dor, tristeza e amor. Lá, residem as experiências vividas, os tropeços e as
conquistas. Há quem odeie tanto o passado, que ao passar por uma
loja de antiquário, já diz: “odeio
coisas antigas”. Já outros não perdem por nada este encontro com o passado,
a história. Eu confesso que tenho
tendência a olhar para o futuro muito mais do que para o passado.
Há também quem diga que quem
olha muito para o passado é depressivo; e quem olha para o
futuro, ansioso. Sim, quando eu olho muito para o futuro, sinto que a
minha ansiedade aumenta. Porém, me tornando consciente disso, comecei a me vigiar
mais.
Em relação ao passado, sempre fui muito do entendimento de que o
que aconteceu foi como tinha que ser e ponto. Porém, diante dos meus novos
estudos relacionados a Constelações Familiares, senti o desejo de resgatar alguns
fatos. Tive vontade de olhar para minha ancestralidade com o olhar amoroso que ela merece e para a minha caminhada
até agora com mais atenção. Senti um grande orgulho do que vi e do que relembrei.
Meu avô e meu bisavô paternos ficaram
viúvos cedo, e ambos se casaram novamente. Minha avó materna tinha anemia, assim como eu tive por
muitos anos. As mulheres da família da minha mãe sempre foram de gênio
forte e trabalhadoras. Na
família do meu pai, predominam os homens, e eles logo
tiveram que ir para a vida, perderam sua mãe jovem. Ok, Melissa, e o que isso
tem a ver? Por que essas histórias da sua ancestralidade são importantes?
Bem, agora eu chego no ponto da minha história, do meu passado. Eu
sempre fui a “braba” da família, desde criança, e hoje sei de onde veio isso. Sempre tive gênio difícil e fui de poucos
sorrisos. Por outro lado, sempre gostei de ir pra vida. Vivia as minhas
experiências de forma intensa. O não nunca me limitou. Ele me trouxe tropeços, cicatrizes, mas me tornou mais
resiliente. Empreendi aos 26 anos e, neste ano, minha empresa completou 17
anos. Iniciei sozinha, me virei, viajei, trabalhei muito, nunca desisti. Até que chegou o dia de
crescer, de compartilhar os sonhos com um time, time este que tenho muito
orgulho. E depois do empreendedorismo, veio o casamento, vieram meus filhos, uma dolorosa
separação e a perda da minha amada mãe. E em tudo isso que contei para vocês, vejo muito da minha
ancestralidade vibrando em mim. Com coragem, determinação e sem deixar de
sonhar, sigo minha jornada. Ao me voltar para o passado, reconheci meu
real valor diante da vida.
Chegando ao
presente, venho cada dia mais sabendo que só tenho este momento e o meu passado.
O futuro eu nunca terei. Por esse motivo, os planos de longo prazo cessaram. Gosto de olhar para o futuro com o poder
do hoje, de criar uma melhor qualidade de vida, de inovar para dar
mais dignidade a todos os seres e um planeta saudável.
O que eu aprendi com o tempo? Não negligencie sua ancestralidade. Não
negue suas raízes. Não julgue seus familiares. Tenha orgulho de tudo que
recebeu deles exatamente como foi. A sua história é 100% sua responsabilidade. Assuma seus erros, aprenda com eles e
produza sua felicidade.
Para o futuro, eu aprendi a confiar mais. A acreditar que tudo irá se acomodar como
deve ser, sem expectativas, apenas realizando, no dia de hoje, tudo o que eu
acredito. Assim, tenho certeza que o futuro se moldará às minhas ações.