
A expectativa para 2021 está tão alta, que já sinto o cheiro
de frustração no ar. Sem querer
dar um banho de água fria, mas já dando, aviso que meu primeiro texto é dedicado às expectativas. Sim, é compreensível que elas sejam altas. Geralmente, a virada do ano
demonstra uma renovação das energias, uma recarregada nas baterias e uma
listinha de promessas. Eu, particularmente, não fiz nada disso neste ano e logo explicarei o porquê.
Além da representatividade que um novo ano sempre
tem, desta vez ainda estávamos querendo nos livrar do ano desafiador de
2020. Porém, sinto informar que aqueles desafios irão
se manter, sem previsão de nos livrarmos de nada. Claro que o ano de 2020 exigiu adaptações que não imaginávamos que seríamos obrigados a fazer, como o uso de máscara e álcool gel, o distanciamento
social e familiar, em alguns casos. Certamente, 2020 não traz boas
recordações, porém, devido a tudo isso, temos que ter cautela sobre as “listas” de
planos, lê-se expectativas,
para 2021.
Como já havia escrito no texto de encerramento de
2020, eu estou praticando o deixar vir como tem que vir. Isso não quer dizer
que estou só na marola da maré ou como a música… "deixa a vida me levar". Nada disso, muito pelo contrário. Tenho
plena certeza que a constância traz grandes resultados. Não são metas
gigantes, nem expectativas altas, e, sim, constância.
Executar rápido, para errar rápido e alinhar rápido. Exatamente por isso minha abordagem para
2021 é essa… prototipação.
Cria, testa, erra e ajusta. Depois recomeça.
Claro que esses são os planos na vida profissional, já na vida pessoal, a pegada é um pouco distinta.
Na vida pessoal, meu lema vai ser “papo reto”. Este ano, eu completo 44 anos, e como eu pretendo chegar aos 80 anos, pelo menos, posso afirmar que já passei dos
meus 50% de expectativa de vida. E isso, caros leitores, já dá um bocado
de assunto em uma roda de conversa (pode ser virtual). Aliás, se quiserem conversar, me mandem direct no instagram (@melissapoletto). Seus desejos são uma ordem.
Sabe, estou com aquela sensação de viver
intensamente, de viver de verdade, como se eu não tivesse vivido já. Sei lá, 2020 me trouxe um senso de urgência que eu não
tinha antes, por isso o “papo reto”. Pretendo ser direta nos meus desejos, nas minhas
emoções, nas minhas amizades, nos meus relacionamentos, nas minhas mentorias.
Porque as palavras têm força, e a interpretação mais ainda.
Minhas expectativas para 2021 estão
rodeadas da minha responsabilidade. Só daquilo que eu posso fazer por mim, sem
esperar do outro. Muitos podem pensar que esta é uma visão egoísta ou até mesma arrogante, porém eu vejo como uma visão de não jogar para outra pessoa a responsabilidade
pela minha felicidade. Que eu saiba me expressar de forma que as
outras pessoas me compreendam e que eu saiba pedir e oferecer ajuda. Esta é minha busca.
Para 2021, eu quero viver a
rotina degustando as coisas mais simples, tanto o cuidar do meu lar, dos meus
filhos quanto regar as minhas plantas. Eu não espero
nada mirabolante, apenas que eu consiga viver com as
expectativas baixas e com a constância alta.
Queridos leitores: desejo um 2021 repleto de verdade, leveza e constância. Beijo no
coração de vocês.