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Hoje eu resolvi escrever sobre o amor.
Não lembro se já comentei com vocês que eu gosto de
escrever sobre temas que eu já tenha experienciado. Eu acredito que a experiência eleva nossa
compreensão sobre os diversos prismas que giram em torno da vida humana. Sim, eu já amei e fui
amada. No momento, o coração está com vagas abertas, mas não é sobre isso que eu vou escrever.
Eu sempre afirmei que eu acredito do amor
e na vida a dois. Porém, de uns tempos
para cá, eu passei a acreditar de uma forma realista. Por muito tempo, e
por diversas razões, acreditei
que existe alma gêmea, que existe um amor de conto de fadas. É uma
visão ingênua, uma visão
infantil do amor.
Há quem busque
segurança dentro do amor. Se você se vê nesta afirmação, levante o sinal de
ALERTA. Adultos não precisam de segurança, crianças, sim. Quem fica na postura de querer que
seu parceiro cuide dele ou dela, na verdade, busca um amor fraternal. Logo, o sexo ficará comprometido. E,
por falar em sexo, saibam que ele faz parte da relação de casal. Se o de vocês está cada vez mais
escasso, levante o sinal de ALERTA. O relacionamento está próximo do amor fraterno.
Hoje, eu tenho consciência que um relacionamento a dois exige AÇÃO. Para amar e
ser amada, preciso realizar trocas com meu companheiro,
porque toda relação adulta,
exceto relações familiares, exige trocas. É um eterno dar e receber. Mas temos
que dar somente o tanto que o outro possa receber; e
desejar receber somente o
tanto que o outro pode dar. Assim, se estabelece uma relação equilibrada.
Adultos precisam de parceiros. Precisamos
crescer dentro do relacionamento e deixar de exigir que o outro nos faça feliz ou ainda
que o outro mude por nós. Isso é uma visão ingênua, em que acabamos
nos colocando de forma infantil diante da relação a dois. Uma mulher precisa ter admiração pelo seu
homem, assim como o homem precisa desejar sua mulher. É assim que ambos
caminham de forma saudável para uma relação amorosa.
Gosto muito do trecho do livro Para que
o amor dê certo, de Bert
Hellinger, que diz: “O perfeito não nos atrai. Descansa em si mesmo,
bem longe da vida normal. Só se pode amar o imperfeito. Somente do imperfeito
resulta um impulso de crescimento, não do perfeito.”
Vejam a riqueza desse trecho. Ali
ficamos diante da realidade. Todos somos imperfeitos. E quando compreendemos
isso, nos deparamos com pessoas equivalentes, não iguais. E, assim, ajustando o
percurso, vamos crescendo juntos. Entre as nossas diferenças e semelhanças, conseguimos ajustar as velas em trocas
positivas para equilibrar a relação e crescer juntos. As trocas de casais podem ser para mais ou
para menos. No mais, se somam; e no menos, vão se diminuindo. Eu desejo uma relação de
soma, de crescimento, de equilíbrio.
Há muitas dinâmicas que
acontecem na relação a dois, e algumas delas não sabemos nem explicar o porquê. Eu mesma já imprimi
comportamentos adotados de minha linhagem feminina. Acreditem, eu descobri isso
há
pouco tempo, através das constelações familiares. Mas fez um grande
sentido em alguns comportamentos que eu não sabia ao certo a natureza. De
qualquer forma, estar consciente faz com que eu possa mudar de postura.
Você que
está lendo este texto, está em um relacionamento e ainda não sabe se
fica ou abandona o barco: me procura. Vamos bater um papo sobre e, quem sabe, você comece a enxergar
alternativas. Ahhh, se eu soubesse tudo o que sei hoje... Mas como
lidar com a realidade é minha única possibilidade,
foi como tinha que ser. Era a
maturidade que eu tinha na época. Mas você, que ainda está na relação e não sabe como
encontrar uma saída, me chama.
Já você, que ainda está solteir@, talvez esteja pres@ ao amor da sua mãe ou do seu pai. Ou também de um
relacionamento anterior. Ou, ainda, está buscando a alma gêmea,
alguém que seja tão bom quanto você. Lembre-se: só se pode amar o
imperfeito. Com você, que cansou de ficar na solteirice, eu também posso bater um papo.
Eu sigo acreditando no amor. E você?